terça-feira, 31 de maio de 2011

"while it's not impossible for flowers to bloom and grow next to graves"

“vivemos como pinguins no deserto” dizia a canção, e eu sabia que ela falava não só de mim mesmo, mas como de muita gente que vive ao meu redor. Digo, o quanto nos adaptamos? É esse nosso verdadeiro ambiente? Quem estabeleceu isso tudo? Não é muito claro pra todos que há 100 anos atrás as coisas eram absolutamente diferentes? Por que eles estavam errados? Por que nós estamos certos? O que fizeram com a magia? O que fizeram com os sonhos? As pessoas sonham em ser ricas,  terem muito dinheiro. Olhe de longe e perceba o quanto ficam felizes com esses pedacinhos de papéis. Ou com meros números em uma tela de cristal liquido ou de antiquados raios catódicos. Vivemos numa era dos números e da exatidão. A ciência sobre a fé. A inteligência sobre a sabedoria. O ser humano é feito de números? Digo, não estamos apenas deixando as coisas mais fáceis pras máquinas? Seres humanos são emoção, são letras, são curvas abstratas, imprevisíveis. Aí é onde mora nossa maior beleza. Sonham em ter muito dinheiro para não terem que trabalhar, pra poderem fazer o que gostam... Isso não soa estranho demais? Digo, se todos são assim,  por que não simplesmente ajudamos uns aos outros?

“por que não podemos viver como tribos?” completa a música, contando-nos um pouco sobre a nossa própria história e arrogância.